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Só sei que nada (queremos) saber

  • Foto do escritor: Diogo Chiquelho
    Diogo Chiquelho
  • 3 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Posso dizer que entendo pouco de filosofia, de psicologia, sociologia, etc. Melhor: entendo pouco de áreas onde a mente humana tem um forte manuseio na ação.

Mas, pensando bem, se assim fosse então ninguém entenderia nada sobre nada, apenas pela simples razão de que a mente do Homem, a sua razão e raciocínio é o que o levam a fazer o que faz (e não importa aqui, ainda nesta fase, saber se essa ação tomada é negativa ou positiva).

Mas volto sempre à minha posição inicial: que não entendo nada sobre o modo de funcionar da mente humana.

Somos destruidores da área que nos abrange e nós abrangemos, não é? Parecemos em parte, nas nossas atitudes, uma CMTV: vamos destruindo todas as áreas onde nos inserimos. Só que no caso do Correio da Manhã isto passa por destruir e manipular uma área que é a informação e a comunicação nas suas mais variadas formas (seja televisão, jornalismo, entre outros). Já nós, seres humanos, destruímos e manipulamos uma área que é o ambiente, também este nas suas mais variadas formas.

Depois também é “engraçada” a forma como vemos este, digamos, distúrbio que acontece. Ou seja, atuamos sempre…(não exageremos também) Atuamos quase sempre (estranho que pouco melhora, não é?) de forma prejudicial e poluímos, desperdiçamos, ignoramos e depois em momentos em que estamos cara a cara com uma consequência proveniente destes atos ficamos confusos, tímidos, defensivos, questionamos o porquê. Faz lembrar muito aquela gente que está na internet e que quando não gosta de algo gosta de deixar o seu dislike e gosta de deixar mesmo uma crítica dura e ofensiva mas que ao mesmo tempo não é capaz de dar a cara que envia esse rebaixamento, constituindo-se como anónimo.

Também me questiono sobre outra questão que eu gosto de apresentar com termos muito urbanos: a gente papa tudo o que nos dão! Lemos, vemos e até vamos ouvindo mas pouco interpretamos. É que depois quem cria essa informação são aqueles que mais temos prazer em ouvir e defendemos diariamente mas também são sempre esses que, mais cedo ou mais tarde, se chega sempre à conclusão que estavam errados ou que diziam o que diziam por proveito próprio. Partimos logo do princípio que se tal sujeito diz algo então também partimos do principio que tal sujeito está correto. É como aquelas anedotas que se ouvem muito e se contam muito quando ainda somos crianças cujo o protagonista se chama Joãozinho. Sempre que uma piada tinha este nome nós partíamos logo do principio que dali ia sair humor, mas muitas vezes até era desapontante…

Convém repensarmos a nossa forma de agir, de atuar, de estar. É triste saber que não sei nada sobre a mente humana. Bem, afinal até sei algo. É como a tal afirmação imensamente conhecida: “Só sei que nada sei.” Sei que não sei nada, já é alguma coisa. Assim como todos nós que, quero acreditar, que se soubéssemos a bela da obra que andamos a fazer então não a faríamos. Neste momento já só digo: Só sei que nada sabemos porque nada queremos saber…


 
 
 

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