Prato do Dia: Plástico do Mar na grelha

Hoje o prato do dia é o belo de um plástico do mar na grelha. Fresquinho! Neste caso também se pode dizer de viveiro, porque o conceito é igual, sendo que o viveiro do plástico é, essencialmente, o mar. Que tamanha facilidade que traz já este prato.

Para a confeção deste prato são necessários alguns passos simples.

Em primeiro lugar vamos tratar do produto principal, do plástico do mar. Porque escolhemos desta vez o plástico? Simples: parece ser o produto que o ser humano mais gosta visto ser o que mais produz e o que mais reserva nos grandes aquários que, aliás, a natureza até deu ao Homem com todo o gosto. Esta captura nem deve ser complicada até porque há uma imensidão desta espécie, aliás até andam para aí uns tipos a dizer que ele está em demasia, são só cerca de 6 ou 7 mil milhões de toneladas métricas, e que querem vetá-lo! Enfim, gentinha sem noções de boa pesca e bom produto…

Seguidamente vem o passo do tempero e aqui acrescento mais facilidade a esta receita, porque espasme-se o leitor: não é necessário qualquer tipo de tempero! Verdade. A água do mar já lhe dá o sabor perfeito e os peixes e outros seres vivos, que lá andam só a ocupar o espaço que podia ser dado a mais garrafas, palhinhas, etc, já apurou o sabor e marinou a nossa proteína.

Agora é só fazer uma fogueira, pôr uma grelha e deixar o plástico lá. Poucos minutos serão suficientes para este ficar perfeito e completamente derretido libertando todos os seus nutrientes para o ar que respiramos e é este ar que devemos consumir, através da atividade humana da respiração, para obtermos toda a qualidade deste produto.

Lembre-se: o plástico do mar é um excelente produto e pode ser confecionado não só na grelha. Pode ser cortado em pequenos pedaços e servido em forma sushi, pode ser fatiado finamente e funcionar como uma saladinha fresca, é ótimo…

Acha o leitor ótimo? Pois, não me parece…nem para mim, que não consumo animais, esta seria uma receita que recusaria. Contudo é aquilo que teremos de consumir, se nada fizermos, porque a previsão é que até metade do século haverá mais resíduos de plástico nos mares do que seres vivos a habitá-lo. Isto porque o plástico demora cerca de 400 anos a decompor-se na natureza. Até os cientistas ficaram pasmados com estes números todos. Todos eles elevados apenas da exceção do número de anos que falta até à metade do século…

O plástico é mais um assassino de ecossistemas, paisagens, é mais um poluidor que devemos tentar reduzir brutalmente e rapidamente.

Contudo caro leitor, bom apetite!