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Inimigos de um (grande) amigo

  • Foto do escritor: Diogo Chiquelho
    Diogo Chiquelho
  • 18 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de jan. de 2018


O desmatamento é mais uma peripécia humana. A destruição faz parte da cultura do ser humano, porque se definirmos cultura com a simples definição de que é tudo aquilo que o Homem acrescenta à natureza então, confiantemente e com fundamento, posso afirmar que o Homem tem na sua cultura o espalhar de destruição e o deixar desse rasto.

A tão conhecida floresta amazônica é um espaço que eu gosto de chamar de um dos maiores pulmões naturais, devido à sua imensidão de árvores que auxiliam à qualidade do ar que respiramos. Rica em ecossistemas variados, em paisagens das mais esbeltas que este planeta nos pode oferecer e com presença de vários tipos de fauna e de vida é um dos espaços naturalmente mais valiosos que podiam ter sido deixados ao cuidado do ser humano (e pergunto-me se foi boa ideia assim ter sido; parece-me que um animal dito irracional faria um trabalho bem mais racional).

Hectares são diariamente devastados para que o Homem produza nessa área tudo que bem entenda e faça desse espaço um espaço de indústrias. Ou seja era a mesma coisa que trocarmos um pulmão nosso por um cigarro que é fumado constantemente e que, ao mesmo tempo, é infinito. Indústrias animais ou plantações para fornecer essas indústrias são uma das presenças mais assíduas nestas áreas, o que ainda piora a situação devido ao facto de a indústria animal ser uma das maiores poluidoras e contaminadoras sendo que o consegue fazer mais eficazmente do que toda a indústria automóvel e o uso de automóveis no dia a dia. Estudos afirmam que se quisessem construir estádios de futebol nessas áreas então, para arranjar área suficiente, umas simples horas (ou se calhar nem isso) seriam suficientes para construir não um, mas vários campos de futebol. Repare então a imensidão desta nossa bela peripécia, somos mágicos às vezes que do nada temos algo gigante e que com um simples passar das nossas mãos fazemos desaparecer algo. A diferença passa pelo facto de que o mágico consegue fazer reaparecer o objeto enquanto que nós não sei se teremos essa opção.

Não nos limitemos portanto a entregar o conceito de amizade a pessoas, a seres humanos. Sei que a amizade é um conceito muito esbelto mas quando conseguimos expô-lo a seres não só humanos fica ainda mais belo. Se facilmente, enquanto seres deste planeta, conseguimos criar uma ligação de inimigos com a natureza também conseguimos fazer uma ligação oposta, muito mais benéfica, e sermos amigos do nosso amigo.

 
 
 

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